Liderança que engaja: por que o estilo dos líderes de hoje molda o futuro do trabalho no Brasil

“A qualidade da liderança de hoje define não apenas o engajamento das equipes, mas também o futuro do Brasil.”

Quando falamos de produtividade, inovação e retenção de talentos, uma variável pesa mais do que benefícios extras ou escritórios bonitos: a qualidade da liderança. Estudos globais e nacionais mostram que líderes capazes de criar sentido, estabelecer expectativas claras e manter conversas frequentes e de qualidade com seus times elevam o engajamento, e equipes engajadas entregam mais, com menos rotatividade e melhores resultados de negócio.

O que a ciência do trabalho já sabe sobre liderança e engajamento:

A Gallup, em suas sucessivas meta-análises com mais de 100 mil equipes, demonstra que equipes altamente engajadas superam as demais em indicadores como produtividade, lucratividade, qualidade, segurança e turnover. O padrão se repete em países, setores e portes diferentes, não é “moda”, é efeito consistente de gestão.

Dois achados se destacam:

Perfil do gestor: a variabilidade de engajamento entre equipes dentro da mesma empresa é explicada em grande parte pela qualidade do gestor imediato e da relação que ele constrói com o time.

Estilos que funcionam: pesquisas sobre liderança transformacional ligam esse estilo a maior comprometimento afetivo, desempenho e engajamento, com impacto direto e indireto via capacitação psicológica e clima.

O estado atual do engajamento, e por que isso importa:

Depois de uma trajetória de alta, o engajamento global caiu em 2024, com destaque para a queda entre gestores, justamente quem engaja (ou desengaja) os demais. No Brasil, a agenda de desenvolvimento de lideranças e engajamento aparece entre as prioridades de RH para 2024/25, segundo o Great Place to Work Brasil (GPTW, 2024). Produtividade é o motor do crescimento sustentável. Depois de uma recuperação em 2023, indicadores mostram avanço fraco da produtividade do trabalho em 2024 no Brasil.

A liderança e o engajamento influenciam diretamente:

  • Qualidade e eficiência (menos retrabalho e incidentes).
  • Inovação (mais ideias implementadas quando há segurança psicológica).
  • Rotatividade (menor intenção de saída quando há clareza, reconhecimento e desenvolvimento).

A geração que chega (Z e jovens adultos) e o futuro do Brasil:

O futuro do mercado de trabalho brasileiro depende, em grande parte, de como líderes tratam os jovens talentos agora. O Brasil encerrou 2024 com 14,5 milhões de jovens ocupados e queda expressiva do desemprego juvenil.

Ao mesmo tempo, levantamentos apontam níveis recordes de troca de emprego entre jovens, reforçando que, se a experiência de liderança e desenvolvimento falha, eles pedem demissão. Pesquisas recentes mostram ainda estresse elevado e busca por sentido entre a Geração Z; liderança com empatia e feedbacks frequentes é diferencial competitivo.

Se líderes conseguirem converter esse ingresso maciço de jovens em aprendizado acelerado, produtividade e inovação, o país captura um “bônus de talentos” que sustenta crescimento. Se falharem, o resultado é rotatividade cara, desengajamento e produtividade estagnada.

O que líderes no Brasil podem fazer já:

  1. Conversas semanais de qualidade
  2. Metas conectadas ao propósito
  3. Feedbacks curtos e frequentes
  4. Desenvolvimento real das equipes
  5. Comunicação assertiva e não violenta
  6. Mensuração contínua do engajamento

Para que liderança e engajamento virem vantagem competitiva nacional, é preciso alinhar:

  • Capacitação contínua por parte dos líderes.
  • Educação básica e técnica de qualidade, para reduzir lacunas de aprendizagem que recaem sobre o papel da liderança no desenvolvimento em serviço.

Podemos concluir que a liderança é muito mais do que coordenar processos ou cobrar resultados: ela é capaz de engajar pessoas, transformar ambientes de trabalho e até impactar o futuro do Brasil. Se líderes de hoje souberem inspirar, dar propósito e desenvolver seus times, teremos profissionais mais preparados, empresas mais fortes e um país mais competitivo.

E afinal, que legado você, líder, deseja deixar para aqueles que confiam em você, e como pode usar sua liderança para despertar o melhor de cada pessoa e ajudar a escrever uma nova história para o Brasil?

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